domingo, 27 de dezembro de 2009

Estavam no nirvana
Ou estavam no inferno
Cada um no seu instinto
Cada um no seu interno
Eram formas de vida
Espíritos e intenções
Risadas e choros
Tormento ou canções
Tudo isso refletindo
Nas tais das mirações.
De tarde eram as nuvens,
Eram risadas, tudo luz
A noite veio traiçoeira
Trazendo a sombra que induz
É a peleja do diabo com o dono do céu
Em cada pessoa de procedimento
Em cada lamento palavras de sal
Dualidade, yin yang, é o bem ou é o mal
Tudo insatisfaz
Aos olhos tudo é feio
Barulho incomoda
Abre então o olho terceiro
Depois vem inteligência,
Você pára, você pensa
Então tudo faz sentido
E a paz é entender
Encontra o ponto de equilíbrio
Não fora, dentro do ser
A noite já não apavora
Foi dor, foi aprender
As estrelas sintonizam
Agora, cada brilho é amor
Flutuando em silêncio
Tudo calmo e sem temor
Agora é tudo leveza
Só vê beleza, não inspira o horror
Palavras nunca traduzirão
O que de Deus existe dentro de você?
Ayahuasca vibrations
Só quem viveu pode saber
_

Tomei esse chá no momento que precisava, mergulhei numa viagem interna que durará para o resto da minha vida, me abriu um novo leque de possibilidades, de aprendizado, de abrir a mente, tão forte que eu não tinha pretensão. Experiência MARAVILHOSA, forte, intensa, vívida e que criou uma linha imaginária no percurso da minha vida, um marco. Depois daquele dia infinito, para todos os acontecimentos, um sinal. Obrigada ao universo, que me levou até minha porta de percepção.
Chá do Santo Daime em março de 2009.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pra se sentir vivo




"Para mim é tão simples que a vida deva ser vivida perigosamente. É preciso exercitar a rebelião. Recusar-se a ficar preso a regras. Recusar o próprio sucesso. Recusar-se a se repetir. Ver cada dia, cada ano, cada idéia como um verdadeiro desafio. E então você vai viver a vida em uma corda bamba." Philippe Petit

O cara aí da foto é o equilibrista que atravessou os 60 metros que separavam as torres gêmeas, sem nenhum equipamento de segurança. Louco? Sim, mas se morrese naquele momento, morreria se sentindo muito vivo!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Soy del mundo

Ano passado, me peguei divagando com um senhor embreagadíssimo que era vizinho de apartamento de um amigo. Por causa do sotaque perguntei de que país ele era, e ele me disse: "Nasci en Venezuela, pero soy del mundo". Adorei aquilo, pensei que ele tava querendo falar uma frase bonita, mas não interpretei de cara. Eis que estou aqui, nesse momento, sei lá quanto tempo depois, interpretando o que ele quis me dizer. Insight. Hoje entendo, porque nesse ano quebrei muitas barreiras da minha mente, e hoje consigo enxergar muito mais claramente como os seres humanos se definem o tempo todo, se designam, se acorrentam à dogmas e acabam ali nos seus mundinhos, com suas identidades carimbadas. Ele quis me dizer que é sem regras, que não é porque nasceu na Venezuela que se sente estrangeiro, não se sente menos brasileiro, ele é "Del Mundo". Adaptabilidade, uma das minhas qualidades que mais me foi útil nesse meu curso de vida. Minha carta na manga, ser uma curinga, não tenho tatuado nem copas, nem ouro, nem espada, nem paus, mas consigo me encaixar em todas elas, justamente porque me desprendi dessa mania de querer me abster das pessoas diferentes, porque o fato de sermos todos diferentes, já nos faz TODOS IGUAIS! E viva às diferenças, senão o mundo seria chato pra caral...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mil vezes

"Um imbecil letrado é algo dantesco. Mil vezes os imbecis ignorantes. Mil vezes os analfabetos."


Fernanda Young.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu aqui na minha leitura...

Outro dia li uma reportagem na Superinteressante que começava mais ou menos assim: Sabe aquela voz na nossa cabeça quando estamos lendo? O nome dela é consciência...
A tal da consciência. Venho tentando lapidá-la para ela andar mais ativa na minha mente. E hoje, percebi que o melhor remédio pra mim é a leitura. Há umas duas semanas tudo desandou, eu estava indo bem, frequentando o sai baba, discutindo filosofias, lendo muito e não precisando de coisas mais intensas. Eis que o caos começou com uma garrafa de whisky e nos outros dias, incontáveis grades de cerveja. Perdi um grande amor - até agora acho que por causa do desequilíbrio - e assim completaram-se 3 semanas na Vida Louca que eu tanto amava ter (antigamente). Hoje, acordei, comecei um novo livro, desabafei numa mensagem pro grande amor perdido, fui me engajar numa campanha solidária, fiz uma prova no inglês, comi pizza com a turma, e no final, como sempre, me ligaram pra dar uma volta. É sempre essa volta que me faz cair em tentação. Procedimento normal: Uma beats, mais uma beats, um cigarro, quem fuma um cigarro se sente no direito de fumar dois, quem fuma dois cigarros lembra do Dê2, lembra daquela fumaça mais densa e que dá onda, e bate aquela saudade do ex-amor THC. Se fosse ontem, teria ido até o final, mas HOJE eu li mais do que nos dias anteriores, e minha consciência estava na ativa, foi aí que se fez toda a diferença. Lembrei de toda a sabedoria adquirida nesse ano, de todas as minhas experiências e conclusões sobre entorpecimento, sobre intensidade, sobre loucura. Eu quero minha vida mais branda, eu quero ser menos drástica, não quero ser a louca dissimulada. Eu quero paz, equílibrio, paciência pra não soltar minha fera na hora do aperreio, eu quero conquistas e não achar o "remédio" que me faça esquecer as desconquistas. Eu quero plenitude. Obrigada às palavras e ao universo que conspirou pra mais uma vez mostrar na minha cara a seta pro caminho que eu quero seguir. Obrigada aos livros, objetos transcendentes, obrigada a minha mãe que me incentivou ao hábito, enfim, obrigada a tudo.