quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu aqui na minha leitura...

Outro dia li uma reportagem na Superinteressante que começava mais ou menos assim: Sabe aquela voz na nossa cabeça quando estamos lendo? O nome dela é consciência...
A tal da consciência. Venho tentando lapidá-la para ela andar mais ativa na minha mente. E hoje, percebi que o melhor remédio pra mim é a leitura. Há umas duas semanas tudo desandou, eu estava indo bem, frequentando o sai baba, discutindo filosofias, lendo muito e não precisando de coisas mais intensas. Eis que o caos começou com uma garrafa de whisky e nos outros dias, incontáveis grades de cerveja. Perdi um grande amor - até agora acho que por causa do desequilíbrio - e assim completaram-se 3 semanas na Vida Louca que eu tanto amava ter (antigamente). Hoje, acordei, comecei um novo livro, desabafei numa mensagem pro grande amor perdido, fui me engajar numa campanha solidária, fiz uma prova no inglês, comi pizza com a turma, e no final, como sempre, me ligaram pra dar uma volta. É sempre essa volta que me faz cair em tentação. Procedimento normal: Uma beats, mais uma beats, um cigarro, quem fuma um cigarro se sente no direito de fumar dois, quem fuma dois cigarros lembra do Dê2, lembra daquela fumaça mais densa e que dá onda, e bate aquela saudade do ex-amor THC. Se fosse ontem, teria ido até o final, mas HOJE eu li mais do que nos dias anteriores, e minha consciência estava na ativa, foi aí que se fez toda a diferença. Lembrei de toda a sabedoria adquirida nesse ano, de todas as minhas experiências e conclusões sobre entorpecimento, sobre intensidade, sobre loucura. Eu quero minha vida mais branda, eu quero ser menos drástica, não quero ser a louca dissimulada. Eu quero paz, equílibrio, paciência pra não soltar minha fera na hora do aperreio, eu quero conquistas e não achar o "remédio" que me faça esquecer as desconquistas. Eu quero plenitude. Obrigada às palavras e ao universo que conspirou pra mais uma vez mostrar na minha cara a seta pro caminho que eu quero seguir. Obrigada aos livros, objetos transcendentes, obrigada a minha mãe que me incentivou ao hábito, enfim, obrigada a tudo.

Um comentário:

  1. "Eu não quero ver você fumando ópio pra sarar a dor" ;/

    No mais, o único problema da consciência é quando ela se torna um versão interna de você mesmo, que ri das suas ilusões e vai te tornando mais seco com o mundo. Mas isso é outra história.

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